Das
tarefas de ser mãe ou pai, disparado, uma das mais difíceis, sem sombra de
dúvidas, é educar. Criar filhos só é simples e perfeito quando não os temos
ainda. Depois que eles nascem, a gente sente na pele o quanto a prática é bem
diferente da teoria. Vários fatores influenciam diretamente na maneira como os
educamos. Entre eles, certamente a pressão da nossa rotina acaba tendo – e
sendo! - uma grande influência. Afinal de contas, atire a primeira pedra quem
nunca acabou cedendo a alguma birra ou apelo do filho por se sentir culpado
pelo pouco tempo que tem dedicado a ele?
Cada
vez mais tenho ouvido isso de mães e pais e cada dia mais temos visto crianças
e adolescentes tornando-se pequenos tiranos como consequência disso. A
psicóloga e educadora parental Fernanda Carvalho, observa que quando falamos em
criação de filhos é necessário considerar a nossa própria história familiar e a
maneira como fomos criados. Segundo ela, muitos pais desta geração vieram de
uma educação rígida e autoritária, marcada pela submissão e pelo medo, o que
deixou marcas na vida adulta, levando a falas como “quando tiver o meu filho,
farei tudo diferente”. “E este diferente foi visto como a permissividade,
deixar que as crianças sejam os reis da casa, sem limites. Isto acontece também
pelo ritmo de vida acelerado, com concentração no trabalho, restando permitir
tudo o que a criança deseja”, pontua a psicóloga.
Segundo
Fernanda Carvalho, é muito tentador considerar que existem apenas dois
caminhos: a permissividade e o autoritarismo. No entanto, ressalta, é possível
visualizar outro caminho: a Disciplina Positiva, que tem como princípio a
educação baseada no respeito, utilizando-se, ao mesmo tempo, da gentileza e da
firmeza.
“Gentileza
está baseada no respeito e na validação dos sentimentos das crianças, é olhar
para esta criança e para as suas necessidades, acolhendo os sentimentos e
levando as crianças à reflexão e à solução dos problemas. Ao fazer isso, fica
claro que gentileza é diferente de permissividade”, explica a psicóloga. Ela
acrescenta que, além da gentileza, é necessário também a firmeza, o
estabelecimento dos limites tão importantes na vida de qualquer pessoa. Fernanda
ressalta, no entanto, que os limites, para a Disciplina Positiva, podem ser
estabelecidos com a participação ativa das crianças, gerando comprometimento e
responsabilidade por parte delas.
“Aplicar
e vivenciar a Disciplina Positiva requer disponibilidade e uma mudança de
perspectiva sobre a vida. É necessária uma mudança no nosso papel, enquanto
pais, para que as mudanças nas nossas relações com as crianças sejam percebidas”,
diz. Para muitas mães e pais esse tema é novo e ainda nem tanto conhecido. Quem
se interessou e quer conhecer um pouco mais, no próximo dia 28 tem início um
grupo com o tema “Vivenciando a Disciplina Positiva - Um novo olhar para a
criação de filhos”. A proposta é que sejam oito encontros, com a psicóloga e
educadora parental certificada pela PDA, Fernanda Carvalho. As inscrições podem
ser feitas através do telefone 79 99972-4145.
Beijos
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