Quando
se tem um bebê, na maioria dos casos, nem precisa estar ressaltando com as
mamães e papais a importância de manter o calendário de vacinação atualizado. O
cuidado é tanto que a caderneta de vacinação já ganhou até uma capinha para
conservá-la, toda combinando com o enxoval do pequeno. Mas aí os anos vão
passando, as crianças vão crescendo e quando entram na adolescência nem sempre
as vacinas são tão bem lembradas assim. Mas elas continuam sendo, sim, muito
importantes para a saúde do adolescente. Pensando nisso é que a coluna Conversinha de Mãe traz hoje alguns
esclarecimentos do Departamento Científico de Imunizações da Sociedade
Brasileira de Pediatria (SBP) sobre a vacinação na adolescência, porque os calendários
vacinais são dinâmicos e sofrem frequentes mudanças, mas é preciso deixar
nossos teens sempre protegidos.
HPV
Uma
das primeiras vacinas que se lembra quando falamos em adolescentes é a contra o
papiloma vírus humano, mais conhecido como HPV. Ela é recomendada tanto para
meninas quanto meninos a partir dos nove anos de idade. A vacina está
disponível no Programa Nacional de Imunização (PNI) para garotas entre nove e
14 anos e garotos de 11 a 14 anos de idade. A vacina utilizada é a quadrivalente
no esquema de duas doses, sendo a segunda seis meses após a primeira.
COQUELUCHE
Não
muito conhecida, essa é uma doença que vem aumentando sua incidência entre os
adolescentes e esta faixa etária ainda pode transmitir a doença para os
lactentes não imunizados. Assim, é preciso ressaltar que, idealmente, o
adolescente deve fazer o reforço com a vacina tríplice bacteriana dTpa
(difteria, tétano e coqueluche acelular tipo adulto) 10 anos após o segundo
reforço, que é feito na criança em torno de quatro a seis anos. Portanto, ela
deve ser aplicada no adolescente entre os 14 e 16 anos de idade. Na
impossibilidade do uso da dTpa, deve ser realizado o reforço com a vacina dupla
tipo adulto dT (difteria e tétano).
MENINGITES
Desde
2017, o Programa Nacional de Imunizações do Brasil passou a utilizar uma dose
adicional da vacina meningite C para os adolescentes entre 12 e 13 anos. A SBP
preconiza, sempre que possível, que a vacina meningite quadrivalente ACWY seja
utilizada em substituição à meningite C em todas as doses, pelo maior espectro
de proteção. A recomendação de doses de reforço cinco anos após (entre cinco e seis
anos de idade para os vacinados no primeiro ano de vida) e na adolescência (a
partir dos 11 anos de idade) é baseada na rápida diminuição dos níveis de
anticorpos associados à proteção, evidenciada com todas as vacinas
meningocócicas. A SBP recomenda ainda o uso da vacina meningocócica B
recombinante para os adolescentes ainda não imunizados. Nesta faixa etária são
indicadas duas doses com intervalo de um mês entre elas.
HEPATITES
É
interessante vacinar o adolescente contra as hepatites. Se ele ainda não
recebeu as vacinas para os tipos A e B, recomenda-se atualizar o calendário.
Observar também se ele recebeu a segunda dose das vacinas varicela (catapora) e
tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).
INFLUENZA
A
vacina para o vírus influenza está indicada anualmente para todas as crianças e
adolescentes a partir dos 6 meses de idade. Na rede pública, ela é aplicada
apenas em crianças até cinco anos incompletos. Como a influenza é uma doença
sazonal, a vacina deve ser aplicada antes do período de maior circulação do
vírus. Sempre que possível, utilizar vacinas para influenza quadrivalentes
(disponíveis na rede privada), pelo maior espectro de proteção.
E,
lembre-se: leve sempre a carteira de vacinação do adolescente em todas as
consultas com o pediatra!
Beijos
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