Pode
ser que você nunca tenha passado por problema desse tipo. Mas são mais comuns
do que se imagina as reações alérgicas causadas por certos tipos de fibra
contidas em tecidos de roupa. Também não são raros acidentes em crianças
causados por adereços – como tachinhas, botões ou cordões, por exemplo –
presentes em peças de vestuários. Foi com o objetivo de orientar os
consumidores sobre a importância de verificar as informações contidas na
etiqueta têxtil, que vem afixada em todas as peças de roupa, de cama e banho,
que o Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) lançou
recentemente uma cartilha.
De maneira
bem didática e fácil de entender, a publicação ressalta que o consumidor deve
estar atento ao comprar os produtos têxteis, especialmente no que diz respeito
à origem e à composição (visando prevenir reações alérgicas causadas por
determinadas fibras ou filamentos). A cartilha traz observações ainda quanto aos
cuidados com a sua conservação e, principalmente, como se deve estar alerta quanto
à segurança infantil. Cordões, botões, zíper e até pedrinhas, lantejoulas e
outros enfeites, apesar de tornar o produto esteticamente mais atraente, podem
representar um perigo às crianças, em particular àquelas com até três anos, com
riscos de sufocamento e até de morte.
Por
lei, as informações contidas na etiqueta de roupas, travesseiros, colchões,
almofadas e toalhas de mesa são obrigatórias e devem estar sempre à vista do
consumidor. O entendimento, porém, nem sempre é dos mais fáceis, principalmente
por conta dos símbolos. “A cartilha ajuda o consumidor a entender melhor a
simbologia relacionada aos modos de conservação do produto e a fazer escolhas
mais adequadas, preservando sua roupa, sua saúde e o seu bolso, pois evita que
ele leve ‘gato por lebre’. O mesmo raciocínio é aplicável ao setor produtivo. Com
a presença da etiqueta e a confiança nas informações nela contidas, monitorada
por ações rotineiras de fiscalização, o risco de fraude diminui, preservando o
ambiente de concorrência justa entre as empresas. A etiqueta também é a
garantia do produto, caso precise trocá-lo por defeito ou por apresentar falhas
após a lavagem, como encolhimento ou manchas”, destacou Adelgicio Leite,
especialista na área têxtil da Divisão de Fiscalização e Verificação da
Conformidade, do Inmetro.
Todas
as etiquetas devem apresentar o nome ou razão social ou marca registrada do
fabricante, a identificação fiscal do fabricante nacional ou do importador
(CNPJ), país de origem, nome das fibras ou filamentos têxteis e seu conteúdo
expresso em porcentagem, uma indicação de tamanho e, pelo menos, os cinco
principais tratamentos de conservação do produto têxtil, por meio de símbolos
e/ou texto.
Registros de acidentes
Entre
as principais dicas da cartilha está o alerta para os perigos que algumas peças
oferecem às crianças. Nos Estados Unidos, segundo a Comissão de Segurança de
Produtos de Consumo (Consumer Produtc Safety Commission – CPSC) foram
registrados, entre os anos de 1985 e 2011, 110 acidentes envolvendo vestuário
infantil, sendo que oito levaram à morte.
Aqui
no Brasil, infelizmente, ainda não há registro específico sobre acidentes com
vestuário, mas dados do Datasus de 2011 mostram que mais de 500 crianças foram
hospitalizadas, vítimas de acidentes em parquinhos. A principal causa de morte
de bebês de até um ano de idade é sufocamento. Segundo especialistas, parte dos
acidentes foi causada por acessórios em camisas, por exemplo, como os cordões. Portanto,
é fundamental que a gente esteja atenta a isso e a cartilha é um instrumento
bem bacana para isso. Ela pode ser acessada facilmente nesse link.
O Inmetro vai fazer uma campanha nacional de conscientização destes perigos
junto a escolas do ensino infantil, ONGs e entidades de defesa do consumidor.
Gostei muito dessa iniciativa.
Beijos
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