Sabemos
que o aleitamento materno exclusivo é indicado até a criança completar o sexto
mês. Porém, passado esse período, a recomendação é introduzir outras fontes
nutricionais para completar a dieta e suprir as necessidades do bebê.
Mas,
embora a tarefa pareça simples, ela não é. Por isso, para acertar na quantidade
de alimentos oferecidos aos pequenos, muitos pais contam com o auxílio de
alguns acessórios para a alimentação, como é o caso das redinhas de frutas.
Entretanto, será que o uso é benéfico para a saúde do bebê?
De
acordo com a fonoaudióloga e coach Patricia Antoniazi, a redinha para frutas
entra no quesito “dispensável” para as crianças porque, embora o objeto seja comercializado
como algo que ajudaria o bebê a não engasgar, não proporciona oportunidades
para o exercício da mastigação e estimulação oral do pequeno. “A redinha para
alimentos impede que a criança sinta a textura e manipule adequadamente o
alimento na cavidade oral”, descreve a especialista.
Ou
seja, a recomendação é que a criança adquira o controle oral do alimento,
manipule-o na boca, misture-o com a saliva e, claro, aprenda a realizar a
mastigação que deve ser feita, inicialmente, em vertical. “Próximo aos seis
meses os lábios apresentam movimentos ativos, começando a auxiliar a retirada
dos alimentos com a colher”, explica Patricia.
Neste
caso, a língua começa a realizar movimentos dissociados da mandíbula, com
pequenas elevações e amassamento frente a alimentos mais consistentes. “A
abertura da boca ocorre frente à aproximação da colher. Nessa fase, outros
alimentos mais consistentes podem ser oferecidos ao bebê conforme a orientação
de seu pediatra”, afirma a fonoaudióloga.
Mastigação depois dos seis meses
Segundo
Antoniazi, quando o bebê é exposto a alimentos com texturas, consistências e sabores
diferentes proporciona experiências sensoriais que farão com que aprenda
movimentos mais adequados para a realização da sucção, deglutição e mastigação.
“O seu desenvolvimento psicomotor e o aparecimento dos dentes incisivos vão
permitir-lhe começar a mastigar com movimentos cada vez mais elaborados”,
esclarece.
Aos
sete meses, a língua começa a esboçar movimentos de lateralização. Os lábios
estão mais ativos para a retirada do alimento na colher. “Não se observa baba
após os seis meses, apenas no período de nascimento dos dentes. Entre seis e
nove meses, o estímulo sensitivo para provocar o reflexo de vômito, encontra-se
no terço posterior da língua e, a partir deste período, o reflexo de tosse
começa a emergir”, elucida a especialista.
Músculos fortes e desenvolvidos
Como
os músculos das bochechas, lábios e faringe ficam mais fortes, o bebê descobre
que consegue partir alimentos na boca e que é capaz de comer alimentos em
pequenos pedaços. “Enquanto o bebê aperfeiçoa a sua técnica de mastigação, a
sua mandíbula e maxila se desenvolvem. Se a diversificação alimentar
desenvolve-se de forma progressiva, a criança terá menos infecções dos ouvidos
e, mais tarde, terão visitas menos frequentes ao dentista”, informa Patricia.
Além
disso, durante esta fase a criança aprende a mastigar e não corre riscos de
engasgar se forem proporcionados estímulos naturais. “A preguiça de mastigar
acontece pela falta de experiência causando hipotonia dos músculos da língua,
lábios e bochecha. Isto é, a flacidez desses músculos é provocada pela falta de
exercício na região oral, trazendo sérios prejuízos, em especial, na formação
dos dentinhos e aquisição da fala”, diz a fonoaudióloga.
Já
na fala madura e fluente utilizamos mais de quinhentos ajustes musculares por
segundo envolvendo todo o trato vocal. “As especificações do sistema de
controle necessárias para atingir um nível de precisão estão muito além da
nossa imaginação”, garante Antoniazi.
Veja
as dicas da Patricia Antoniazi para um bom desenvolvimento da mastigação:
·Evite
liquidificar ou passar os alimentos na peneira;
·Amasse
com um garfo os alimentos para que a criança possa se acostumar com as
texturas;
·Conforme
a criança vai crescendo e surgem mais dentes, aumente os pedaços amassados;
·Prefira
as colheres de silicone, pois oferecem mais segurança caso o bebê venha a
mordê-las, além de não esquentar como as de metal;
·Ofereça
alimentos de texturas variadas. Sendo assim, não ofereça só pães do tipo
bisnaguinha ou carnes moídas. Desenvolva a mastigação de seu filho;
·Sirva
frutas picadas para que a criança se acostume a comê-las;
·Estimule
seu filho a comer todos os tipos de alimento. Assim, sua mastigação será
eficiente e vocês provavelmente não terão problemas de alimentação.
Beijos
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Fonte: Patricia Antoniazi, fonoaudióloga e
coach
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