Para
a assistente social Ana Karla Rocha Goes Costa, mãe de Guilherme (de 4 anos e 5
meses) e Rodrigo (1 ano e 11 meses), falar sobre amamentação sempre foi um
prazer. Desde que resolveu engravidar, ela teve a convicção de que o primeiro
alimento do seu filho seria o leite materno. Tanto que não comprou mamadeiras,
nem chupetas quando fez o enxoval do primogênito.
“Quando
Guilherme nasceu, fiquei muito ansiosa. Apesar de conhecer toda teoria, o meu
leite não descia, tive rachaduras nas mamas e sentia muita dor a cada mamada”,
contou. Por causa disso, depois de 15 dias dele nascido, ela recorreu ao
complemento com fórmula artificial, por orientação médica, pois o bebê não estava
ganhando peso adequado.
Ana
Karla disse que as diversas opiniões e críticas também não ajudaram muito. “Uns
criticavam pelo meu desejo de manter o aleitamento materno exclusivo, outros
pelo fato da introdução da fórmula artificial na alimentação dele”, revelou. Após
dois meses ela conseguiu manter o aleitamento materno exclusivo que perdurou
até o quinto mês, quando começou a inserir as papinhas doces. “Guilherme deixou
de mamar espontaneamente aos 11 meses”, contou.
A
assistente social ficou grávida do seu segundo filho, Rodrigo, no mesmo período
em que descobriu que Guilherme tinha alergia a quase todas as proteínas do leite,
provavelmente sensibilizado nos primeiros meses de vida. Mas foi também nesse período
que Ana Karla participou de duas oficinas do Ministério da Saúde sobre
estratégias para alimentação saudável de crianças menores de 2 anos e percebeu
que o que mais interferiu na amamentação do seu primeiro filho foi o fato de
ela estar preparada teoricamente, mas não psicologicamente.
“Aleitamento
materno exclusivo é um tema que gera muita polêmica no imaginário popular, e
todas se reproduzem no interior de muitas mães no momento da amamentação. Rodrigo
nasceu, consegui amamentar exclusivamente por seis meses e experimentei um
prazer sem igual. Ele deixou de mamar espontaneamente com um ano e dois meses”,
relatou.
Ana
Karla acrescenta que nessa experiência aprendeu que as pessoas têm limitações,
que muitos vão discordar ou concordar com suas escolhas. “O importante é saber que
o ato de amamentar pertence à mãe, mas necessita de uma rede de apoio para
acontecer, não se sentir culpada quando não conseguir, procurar ajuda e ter
certeza de que o aleitamento materno vale a pena, não só pelos benefícios à saúde
do bebê e da mãe, mas pelo vínculo que se constrói entre os dois”, disse Ana
Karla, que é assistente social da Unidade de Saúde da Família Madre Tereza de
Calcutá, no bairro Jabotiana, em Aracaju (SE).
Beijos
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