Li essa matéria no Portal UOL, achei bem
legal e decidi reproduzir aqui para vocês também conhecerem mais um pouco sobre
esse tema. Segue o texto na íntegra:
Segundo
estimativa da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 6% das crianças e
adolescentes do país estão hipertensos. Para ter uma ideia do tamanho do
problema, basta saber que, no caso dos adultos, a incidência da doença é de
30%.
Entre
os mais jovens, o mal costuma se manifestar a partir dos três anos e,
raramente, está associado a outras doenças mais sérias, cardiológicas, renais
ou endocrinológicas. O mais comum é que, aliado à predisposição genética, o
sobrepeso ou a obesidade respondam por grande parte dos casos de pressão alta.
“Por
volta dos três anos, a criança passa a ter mais autonomia para se alimentar,
começa a ter acesso a comidas menos balanceadas e mais calóricas, com índices
mais altos de gordura. Ao mesmo tempo, torna-se mais seletiva. Então, não por
acaso, é nessa faixa etária que começamos a ver um aumento dos casos de
sobrepeso, obesidade e hipertensão, sendo que um fator está diretamente
relacionado ao outro”, afirma o cardiologista pediátrico Gustavo Foronda, do
Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Pesquisas
recentes corroboram com a opinião do especialista, chamando a atenção para o
estabelecimento de um ciclo vicioso que deve atingir um número cada vez maior
de jovens, daqui em diante. Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), de 2008/2009, uma em cada três crianças de cinco a
nove anos e dois em cada dez adolescentes estão acima do peso recomendado pela
OMS (Organização Mundial de Saúde).
Um
apanhado dos últimos levantamentos feitos pelo IBGE também mostrou que, nas
duas últimas décadas, a obesidade entre crianças de cinco a nove anos saltou de
4,1% para 16,6%, entre os meninos, e de 2,4% para 11,8%, entre as meninas. No
grupo dos adolescentes, o excesso de peso passou de 3,7% para 21,7% nas últimas
quatro décadas. Por fim, dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia indicam
que as crianças obesas têm até oito vezes mais chances de desenvolverem
hipertensão.
Prevenção
Para
piorar o quadro, que é bastante alarmante, a pressão alta não costuma provocar
sintomas e é comum que seja descoberta só na idade adulta, no momento em que o
quadro se agrava e provoca alguma complicação cardiológica importante. Isso
justifica a importância de se fazer o acompanhamento desde cedo, nas consultas
de rotina das crianças.
Segundo
a cardiologista Fernanda Consolim Colombo, diretora científica da Socesp
(Sociedade de Cardiologia de São Paulo), a aferição da pressão arterial deve
ser feita, rotineiramente, em meninos e meninas a partir dos três anos. "É
preciso monitorar a pressão, pelo menos, duas vezes por ano", diz a
cardiologista pediátrica Célia Maria Camelo Silva, da Unifesp (Universidade
Federal de São Paulo).
Além
disso, é essencial que os pais estejam sempre atentos ao crescimento e ao ganho
de peso da criança, verificando com o pediatra se eles estão dentro da curva
considerada normal. Qualquer desvio deve ser tratado o quanto antes, a começar
por uma intervenção nos hábitos da criança.
“Hoje
em dia, a tendência é que as crianças ocupem seu tempo livre com computadores,
tablets, televisão e games eletrônicos, o que as torna extremamente
sedentárias. Além disso, muitas delas se alimentam mal. Como se não bastasse, a
partir da pré-adolescência, os jovens são submetidos a um alto nível de
estresse, sofrem uma cobrança exagerada por resultados, tanto em casa quanto na
escola. Todos esses aspectos estão ligados ao aparecimento da pressão arterial”,
fala o cardiologista pediátrico Foronda.
Para
minimizar todos esses fatores de risco, a atuação da família é fundamental. “Para
mudar o estilo de vida da criança, é preciso que toda a família faça as
adequações necessárias, que adote uma dieta mais saudável e uma rotina que
inclua mais atividades físicas. Isso aumenta muito as chances de sucesso no
tratamento”, afirma Fernanda.
Fonte:
Rita Trevisan e Thaís Macena
Do
UOL, em São Paulo
Beijos
@conversinhadmae
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