Só
pra lembrar: amanhã, dia 21, é o último dia da Campanha Nacional de Vacinação
contra a Poliomielite. O último balanço do Ministério da Saúde, divulgado na
segunda-feira, mostrava que mais de oito milhões de crianças de seis meses a
menores de cinco anos já tinham sido vacinadas. Mas o público-alvo da campanha
é de 12,9 milhões de crianças nessa faixa etária.
É bom
lembrar também que a partir deste ano a campanha acontece apenas uma vez no ano
e não mais em duas etapas. Pelo último
balanço, os Estados com as maiores coberturas vacinais foram: Rio Grande do Sul
(76,4%), Paraná (76,4%), Rondônia (75,5%), Amazonas (73,1%), Goiás (71,2%) e
São Paulo (71,1%). O melhor desempenho por subgrupo de idade até o momento foi
entre as crianças de 6 meses a menores de 1 ano, atingindo 72,56% do
público-alvo, o que representa 1.058.062 doses aplicadas.
O
último caso de pólio registrado no Brasil foi há 24 anos e, desde 1994, o país mantém
o certificado emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicação da
poliomielite. Mesmo assim é fundamental manter as crianças imunizadas para
evitar a reintrodução do vírus no Brasil, pois alguns países da África ainda
registram casos da doença.
Recebi
hoje uma entrevista da Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da
Saúde (SES) com o infectologista Marco Aurélio Góes esclarecendo o que é a pólio
e explicando o porquê da importância de vacinar os pequenos. Achei bem oportuno
reproduzir aqui para tirar dúvidas de quem ainda as tenha. Leia a seguir:
O que é a poliomielite e como ela é
transmitida?
Marco Aurélio Góes - A poliomielite,
também conhecida como “paralisia infantil”, é uma doença infectocontagiosa
causada pelo Poliovírus. A principal manifestação é um quadro de paralisia que
ocorre de maneira súbita. O único reservatório do Poliovírus é o homem. A
transmissão ocorre, principalmente, pelo contato direto de pessoa a pessoa,
seja pela via oral-fecal (objetos, alimentos e água contaminada com fezes de
doentes) ou pela via oral-oral (contato com secreções ao falar, tossir ou
espirrar).
Quais são os principais sintomas da paralisia
infantil?
MAG - O principal sintoma é o
aparecimento do déficit motor de forma repentina, principalmente nos membros
inferiores, nas pernas. Ela está associada à febre, podendo deixar sequelas
motoras no indivíduo.
Como foi a estratégia de erradicação da
doença no Brasil? Há quanto tempo está erradicada?
MAG - O principal ponto da estratégia
de erradicação da poliomielite no país foi o grande envolvimento de gestores,
profissionais e da comunidade em manter altas taxas de cobertura da vacinação
nas diversas regiões do país, eliminando a transmissão. A Paralisia Infantil encontra-se erradicada
no Brasil desde o início da década de 1990. O Brasil possuía, até a primeira metade
da década de 1980, uma alta incidência de poliomielite, o que levava a um alto
número de sequelas físicas. Em 1994, a OMS (Organização Mundial de Saúde)
certificou a erradicação da transmissão do poliovírus nas Américas. Os últimos
casos no Brasil ocorreram em 1989.
Há relatos sobre a presença da
Poliomielite em Sergipe?
MAG - Os primeiros casos de poliomielite
em Sergipe são de 1946. Na década de 50, o número de notificações não
correspondia à realidade, ocorrendo expressiva subnotificação. Na década de 60,
o trabalho conjunto da Vigilância Epidemiológica da SES, da Fundação SESP e do
Centro de Reabilitação “Ninota Garcia” resultou em aumento do número de casos
notificados e no significante relato de 69 registros de poliomelite, forma
paralítica, publicado em 1967. A partir de 1968 é que se implanta em Sergipe o
Sistema Nacional de Notificação Semanal (FSESP-MS)13. Nesta década, inicia-se
também o controle da poliomielite com a introdução da vacina oral Sabin, em
1962, sob a forma de campanhas massivas de imunização. Na primeira campanha,
foram aplicadas 30.050 doses em crianças de Aracaju e de algumas cidades do
interior, repetindo-se em 1964 e 1965. Já em 1965, inicia-se a intensificação
da vacinação de rotina, aumentando a cobertura vacinal nos anos de 1966 e 1967.
Devido ao aumento de casos, a vacinação de rotina foi ampliada também para o
interior. Com estes dados, pode-se afirmar que o esforço de técnicos da SES na
década de 60 permitiu que o Estado de Sergipe se antecipasse ao Plano Nacional
de Controle da Poliomielite, criado em 1971, e ao Plano Ampliado de Imunização,
iniciado em 1973. Ao tornar-se obrigatória por força da lei, em 1969, a
vacinação contra a Paralisia Infantil no primeiro ano de vida, Sergipe já
acumulava experiências, seja de vacinação de rotina ou de campanhas massivas,
desenvolvidas a partir de 1980, quando são instituídos os dias nacionais de
vacinação. Apesar dessas medidas de controle, a doença continuou ocorrendo no
Estado de forma endêmica (1986) ou em pequenos surtos (1984), acompanhando as
tendências observadas para a região nordestina na década de 80. A partir de
1987 apresenta importante declínio, sendo que, em 1989, foi registrado o último
caso confirmado de poliomielite em Sergipe.
Se está erradicada, por que devemos
manter a vacinação?
MAG - Sem a vacinação, todas as pessoas
correm o risco da infecção e de adoecer. Apesar de termos a doença erradicada
desde a década de 1990, ela ainda está presente em algumas áreas do mundo,
levando a um risco real da reintrodução do vírus nos países que já tinham
erradicado. Por esse motivo, além de manter altas coberturas vacinais, todos os
casos de paralisias flácidas em menores de 15 anos devem ser notificados e
investigados, garantindo que o sistema de saúde está alerta para identificar
uma possível reintrodução da doença no nosso território.
Beijos
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