Essa
é uma excelente notícia para futuras mamães pesquisadoras. Bolsistas do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que
engravidam no período da pesquisa têm direito a um ano adicional no prazo do
trabalho. A medida garante que as mães bolsistas não tenham que interromper os
estudos durante a licença-maternidade. O período em que as mães estão afastadas
é remunerado pelo CNPq.
“[A
resolução em vigor desde novembro passado] é resultado de uma série de
reflexões sobre o tema. Nas diversas conferências e debates internacionais dos quais
participei, observamos que uma das barreiras que mulheres cientistas enfrentam
é conciliar carreira e maternidade”, disse a pesquisadora Márcia Barbosa,
professora titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, bolsista de
Produtividade em Pesquisa e presidente do Comitê Assessor de Física do CNPq.
De
acordo com CNPq, as pesquisadoras enfrentavam prejuízos quando o parto ocorria
no período de concessão da bolsa e muitas mães tinham que diminuir ou
interromper as atividades científicas. Na modalidade de Produtividade em
Pesquisa, a bolsa é anual, sendo concedida ou prorrogada após avaliação da
produção científica feita por comitês assessores. A medida que agora abrange
essas pesquisadoras, já estava implantada para as bolsistas de mestrado, doutorado
e pós-doutorado. “O ano adicional que o CNPq concede permitirá que as
pesquisadoras recuperem o período menos produtivo em termos de artigos e possam
continuar a carreira, ou seja, dá uma solução de continuidade”, acredita.
A
trajetória profissional de Márcia Barbosa surpreende. A pesquisadora concluiu a
graduação nos anos de 1980 e aos 30 anos já tinha o primeiro pós-doutorado em
física. “Na década de 1980 éramos 10% meninas ingressando no curso. Na minha
formatura, eu era a única mulher. Diversas vezes em eventos, quando mais jovem
e menos conhecida, era confundida com a secretária do evento, a recepcionista.
Felizmente apesar de sermos poucas, sempre fomos muito unidas na percepção de
que havia barreiras, algumas transparentes.”
Beijos
@conversinhadmae
Fonte: Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário