Período de carnaval, muita gente vai aproveitar o feriadão na praia ou em hotéis e resorts com aquele maravilhoso mundo de piscinas. Gente, principalmente quem tem criança, tem que ficar atento. Todo cuidado é pouco, porque basta um descuido e o risco é enooorme. Se for em praia, então, Deus me livre!!! Vocês sabiam que, no Brasil, o afogamento é a segunda causa de morte, entre os acidentes de crianças e adolescentes até 14 anos? Pois é. Fica atrás apenas dos acidentes de trânsito.
Os afogamentos representam 28% dos óbitos por acidentes. A Organização Não Governamental Criança Segura fez um estudo com base nos números de mortalidade de 2009, que são os mais atuais divulgados pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de alertar a população e incentivar a adoção de políticas públicas voltadas à prevenção desse tipo de acidente, e constatou que foram 1.376 mortes por afogamentos no total nesse ano.
O risco é maior em rios, mares e lagos. O levantamento apontou que 45% das mortes aconteceram em águas naturais somando-se ainda mais 6% relacionados a quedas em águas naturais. Em segundo lugar aparecem as piscinas, que foi responsável por 7% das mortes – somando a este número quedas em piscinas também. Outros 37% dos afogamentos não tiverem local identificado e 5% foram classificados como outros.
A maior incidência de morte no público infantil por afogamento foi entre as que têm idade entre dez e 14 anos (36%). Outros 35% das vítimas tinham entre um e quatro anos e 26% estava na faixa dos cinco aos nove anos e 3% das vítimas tinham menos de um ano. Os meninos foram vítimas duas vezes mais que as meninas, sendo 67% das mortes por afogamentos com garotos e 33% envolvendo garotas.
Nesse estudo, a ONG Criança Segura divulgou o ranking dos Estados com maiores taxas de morte por afogamento em crianças. Meu Estado, Sergipe, ficou na 11ª colocação geral e 3ª entre os Estados da Região Nordeste, com uma taxa de 3,67 mortes por 100 mil habitantes, empatado com o Maranhão. O “campeão” foi o Amapá, com taxa de 14,28 mortes por 100 mil habitantes e em último lugar aparece o Distrito Federal com taxa de 1,65.
Confira abaixo o ranking completo:
Colocação | Estado | Taxa por 100 mil habitantes |
1ª | Amapá | 14,28 |
2ª | Amazonas | 6,92 |
3ª | Rondônia | 6,52 |
4ª | Mato Grosso do Sul | 5,84 |
5ª | Espírito Santo | 4,88 |
6ª | Alagoas | 4,78 |
7ª | Mato Grosso | 4,52 |
8ª | Roraima | 4,19 |
9ª | Pará | 4,12 |
10ª | Maranhão | 3,67 |
11ª | Sergipe | 3,67 |
12ª | Piauí | 3,46 |
13ª | Tocantins | 3,44 |
14ª | Bahia | 3,42 |
15ª | Acre | 3,38 |
16ª | Goiás | 2,90 |
17ª | Ceará | 2,88 |
18ª | Paraíba | 2,77 |
19ª | Paraná | 2,75 |
20ª | Pernambuco | 2,66 |
21ª | Rio Grande do Sul | 2,62 |
22ª | Santa Catarina | 2,59 |
23ª | Rio de Janeiro | 2,43 |
24ª | Rio Grande do Norte | 2,05 |
25ª | Minas Gerais | 1,92 |
26ª | São Paulo | 1,75 |
27ª | Distrito Federal | 1,65 |
Fonte: ONG Criança Segura com base em dados do Ministério da Saúde
Além das mortes, 231 crianças foram hospitalizadas em 2009 vítimas de afogamentos. Para o tratamento e recuperação dos sobreviventes foram gastos R$ 254.787.
Mas, infelizmente, na maioria das vezes o afogamento é um acidente fatal. O pior é que além de praias e piscinas ele pode acontecer em casa. Por incrível que pareça, em locais que talvez não se imagine, como um balde com água ou mesmo o vaso sanitário. No caso da criança, cerca de quatro minutos sem respirar já são suficientes para causar lesões graves no cérebro ou a morte.
Alguns cuidados podem reduzir os riscos de isso acontecer. A Criança Segura dá algumas dicas de prevenção:
- Supervisão total do adulto;
- Uso de colete salva-vidas pelas crianças em piscinas, mares e rios;
- Armazenamento de baldes e banheiras com água no alto e virados para baixo, quando vazios;
- Banheiros e vasos sanitários fechados;
- Esvaziar piscinas infantis e tampar com lona bem presa as piscinas “regan” após o uso.
Não dá pra descuidar mesmo. Então, todo cuidado é pouco quando se trata de segurança.
Beijos
@conversinhadmae
Com informação da ONG Criança Segura
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