Confesso que me assustei semana passada. Minha filha chegou em casa dizendo que sete coleguinhas da sala estavam sem ir às aulas porque estavam com catapora. Isso mesmo: sete (e não é conta de mentiroso rsrs). Na reunião de pais que teve na sexta-feira, ouvi a mãe de alguns desses alunos conversando sobre o estado de saúde dos pequenos e como têm lidado com a doença.
Vixe, pensei eu, o que é isso, um surto? Como Bia ainda não teve catapora, tratei logo de bater um papo com a pediatra dela, doutora Magali Dias Carvalho, para saber se essa época é mais favorável à transmissão da catapora e trazer algumas informações sobre esse assunto para o blog.
Ela disse que a catapora é uma doença infecciosa, altamente contagiosa, transmitida por um vírus – Varicela-Zoster. Apesar disso, geralmente é uma doença benigna e era uma das mais comuns entre as crianças, antes da vacina. Depois de adquirir o vírus, a pessoa fica imune à catapora por toda vida.
A transmissão acontece pelas gotículas respiratórias. Febre alta, entre 37,5 graus e 39,5 graus, acompanhada por dor de cabeça, mal estar, falta de apetite e cansaço são os primeiros sintomas. Depois aparecem lesões na pele (manchas vermelhas) que se transformam em bolhinhas com líquido que depois darão lugar a crostas, que provocam coceira. Esse o grande problema: como evitar que as crianças cocem o quanto sentem vontade, para que não fiquem manchas na pele?
Esse período chuvoso, um pouco mais frio, pode ser um pouco mais propício à proliferação da catapora, uma vez que ela é transmitida por gotículas respiratórias e nessas condições climáticas a tendência é as pessoas ficarem mais próximas, em ambientes fechados.
Segundo a pediatra Magali Dias, o tratamento da catapora é sintomático, com banhos diários e atenção redobrada com os cuidados com a higiene, como cortar as unhas, lavar bem as mãos, para evitar a contaminação por bactérias, o que pode agravar o quadro clínico da pessoa infectada.
A médica disse que hoje já contamos com uma boa vacina para prevenir a doença, inclusive já temos uma associada à tríplice viral que é dada com um ano de idade, e a tetra viral – sarampo/rubéola/caxumba/varicela. Essa ainda não faz parte do calendário oficial de vacinas do Ministério da Saúde, só em clínicas particulares. Há também a vacina da varicela sozinha na rede privada, para quem já tomou a tríplice viral com um ano.
No mais, é torcer para que essa e outras doenças fiquem bem longe dos nossos pequenos.
Beijos
@conversinhadmae
Nenhum comentário:
Postar um comentário